#love sells #o amor vende

Às vezes faltam-me palavras para explicar esta minha forma de sentir, talvez porque seja recente. Talvez.

É um facto que o amor “vende”.  Sobretudo se a palavra for usada como tag (etiqueta), então é inegável, mesmo.

E, claro,  também as canções de amor “vendem”, os poemas de amor “vendem”, as histórias de amor sempre “venderam;  simplesmente, o princípio chega-nos ao contrário.  Tudo tem muito mais impacto se, na realidade,  se trata de desamor.

Para mim, e sobretudo nesta fase da minha vida, sentir amor não é intenso, como a paixão,; diria que é mais doce, frágil, subtil.  Não nego a paixão. Claro que existe.

Porém, sinto que se estimula o desamor, alguém que sofre por amor… lamento, mas não é amor.  Pode ser desejo, paixão, ou o simples fruto de uma necessidade individual de alguém que ainda não consegue sentir-se preenchido estando só.

É que cada vez faz mais sentido para mim que só mesmo quando estamos completos sozinhos, é que aparece alguém que, por seu lado, estará também muito feliz só, e ambos resolvem juntas as felicidades individuais.

Claro que esta minha perspetiva não é  muito popular.   Prefere-se o “normal” amor tipo Romeu e Julieta,  uma história de ficção, em que as personagens são dois adolescentes – muito bem descrito por Shakespeare – com as hormonas aos saltos, naturais da idade deste Romeu menino e desta Julieta menina.

E andam os adultos deste mundo a sonhar com histórias de desamor, canções de desamor, vidas inteiras de desamor.

E eu suspiro.  Pronto.  Mais uma.

 

#medo

Hoje, o medo é muito forte.

É grande, é enorme, é real.

Conheço bem as variantes do medo, como as variantes da paixão, do interesse, da curiosidade.

E hoje, bolas, o medo é muito real, físico e tremendo!

Quando me assusto, o meu corpo costuma entrar em modo racional e aciona um mecanismo de sobrevivência.

Hoje, de forma consciente, sinto tanto este medo, intenso, que mal consigo racionalizar.

Racionalizar, para mim, é pensar direito.  Agorinha mesmo, não estou a ser capaz.

Nestes momentos, há quem recorra à fé – seja lá no que for ; há quem se sinta melhor ao falar com alguém; há quem peça ajuda; há quem chore.

O susto porém, fica, até sarar. É real como um trauma – uma ferida num dedo.

É importante deixá-lo sarar – o susto, o trauma.

No fundo, é tão, tão importante simplesmente respirar.